O crescimento da Medicina da Família no Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos pilares centrais da reestruturação da atenção primária à saúde no Brasil. A seguir, um panorama histórico e analítico sobre esse crescimento: Para mais informações, visite agendar consulta online
1. Contexto Histórico
A Medicina da Família e Comunidade (MFC) começou a se consolidar no Brasil a partir da década de 1990, com a criação do Programa Saúde da Família (PSF) em 1994, posteriormente renomeado para Estratégia Saúde da Família (ESF).
2. Importância da Medicina da Família
- Atenção integral e contínua: o médico de família cuida do paciente ao longo do tempo, considerando o contexto social, familiar e comunitário.
- Foco na prevenção: promove saúde e prevenção de doenças, o que reduz a sobrecarga em serviços de média e alta complexidade.
- Vínculo e acolhimento: aproxima o sistema de saúde da população, promovendo confiança e adesão aos tratamentos.
3. Expansão no SUS
- Crescimento de equipes: o número de Equipes de Saúde da Família (ESF) cresceu significativamente. Em 2024, mais de 50 mil equipes estavam em atividade, cobrindo aproximadamente 65% da população brasileira.
- Financiamento e programas federais:
- Mais Médicos (2013) e Médicos pelo Brasil (2019): ampliaram a presença de médicos em áreas remotas e carentes.
- Investimentos na formação: ampliação das residências médicas em MFC e incentivo a cursos de graduação com enfoque em atenção primária.
4. Desafios Atuais
- Falta de médicos especialistas em MFC: ainda há déficit de profissionais formados especificamente nessa área.
- Valorização profissional: remuneração e condições de trabalho muitas vezes inadequadas.
- Fragmentação do cuidado: em algumas regiões, a ESF não é plenamente integrada com outros níveis de atenção.
5. Perspectivas Futuras
- Fortalecimento da formação médica: maior incentivo à residência em MFC.
- Uso de tecnologia: telessaúde, prontuários eletrônicos e inteligência artificial na gestão da atenção primária.
- Políticas públicas sustentáveis: garantia de financiamento contínuo e políticas de longo prazo.
Conclusão
O crescimento da Medicina da Família no SUS tem sido essencial para a consolidação de um modelo de saúde mais humanizado, acessível e eficiente. Apesar dos avanços, é fundamental investir na formação, valorização e ampliação da cobertura para garantir o direito universal à saúde no Brasil.